Wednesday, February 28, 2007

What a Wonderfuul World



I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colours of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shakin' hands, sayin' "How do you do?"
They're really saying "I love you"

I hear babies cryin', I watch them grow
They'll learn much more than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world

Oh yeah

Louis Armstrong

Até

Porque suspiras dessa forma tão intensa?
Pelos momentos que já não voltam onde a voz te fluía e os movimentos dançavam?
Eu sei porque o fazes…talvez! É essa impotência que hoje te invade, e um dia quando ela te alcançou tu orgulhosamente não a aceitaste.
Mas continuas ai! Nada que eu não suspeitasse… afinal nunca partiste de vez!
Muito menos agora o vais fazer, que os dias vão ficando mais longos e te trazem à memória tudo aquilo que um dia tiveste… ou não! Vais chorando as perdas, e assim vais ficando, e ficando... só tu e mais ninguém sabe... até quando…
Vou continuar a ver-te e estar contigo... e só tu e eu sabemos... até sempre!

Thursday, February 22, 2007

Uma música para cada lugar, para cada momento, para cada pessoa...



É com lágrimas teimosas que me ofuscam os olhos que escrevo este post...


Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Mafalda Veiga

Tuesday, February 13, 2007

A frio

Foto de Uwe Niemyt

O lume brando por vezes aquece demais do que queríamos, ou não! E o calor que dá não é suficiente para o evoluir da cozedura! A água tardia que juntei para acalmar tirou-lhe o gosto apurado, ou não! E prolonguei a demora que antes queria que fosse curta! E por fim, quando quis mexer para não queimar já foi tarde, ou então indiferente!
Nada melhor que servirmo-nos de quando a quando a frio, para realçar o sabor por vezes dissipado pela conjunção dos condimentos (in)apropriados, e da receita que não se ajusta ao teu jeito! Amanhã vai ser assim, a frio! Onde vou apurar cada um dos meus sentidos e deste outro que me persegue…
Vou deixar de ver para antes observar... cada gole do teu olhar!
Vou deixar de ouvir para antes escutar... cada miolo das tuas palavras!
Vou deixar de cheirar para antes inalar... cada fragmento do teu odor!
Vou deixar de tocar para antes fundir... cada parte do teu corpo!
Vou deixar de provar para antes moer… cada talhada do que tens para me oferecer!
O outro sentido vou deixar que tu o apures!

That day

Estado de espirito

Transpiro susceptibilidade e respiro inquietação! Vou-me saciando com os pensamentos e com as palavras que engulo, e deito para fora o que havia de ficar cá dentro.
Sinto as vidas cheias da ilusão que lhes dá mais prazer, e de personagens diferentes adaptadas a cada novo dia. Já não me assustam as atitudes, nem os gestos de reprovação às aparências transmitidas… fantasias!
Encaro o que é real, o que sinto! E nada mais me altera o estado de espírito!

E assim te escuto



Entrelaço-me no sopro que chega. Deixo de sentir o pulsar no instante em que o sol que nasce é o mesmo que se põe. Tudo parou! Só os ponteiros do relógio se unem num só e marcam o batimento da vida. Surgem as letras ocultas há muito, num uníssono por entre as linhas que escrevi.
Não há nada para falar, só há para partilhar e escutar com o silêncio que me alberga sempre que chego. Ocupo o único lugar do vazio iludido, e assim fico… a escutar-te!