Sunday, March 30, 2008

Amaral & Moby

Só hoje soube que o Moby cantava em Espanhol! E canta tão bem... a música é linda, com uma mensagem muito forte, e o clip não fica atrás.
Enjoy it !!

Sabe bem algo assim

As chamas na fogueira vão subindo e ganhando corpo. Já sinto na pele o seu calor e o ambiente em volta começa a ficar mais acolhedor.
É Domingo à tarde. Lá fora o vento é fresco e o sol anda de nuvem em nuvem com receio de se mostrar. É por isso que não me importo de trocar um café na rua por o quente do lar. Abro a janela e sinto o cheiro da terra molhada embrulhada com o do lume de chão. As cores no campo em frente já lembram outro tempo, assim como os sons que vêm do topo das árvores e que também são sinal de vidas tornadas nesta estação. Mas eu volto para dentro. Sento-me com a manta sobre mim. Não tenho frio, mas por estes dias ainda sabe bem algo assim.
Apercebo-me da presença de mais “alguém” e depressa descubro quem é! Salta-me para o colo e num ápice aninha-se ali. Acaricio-lhe o pêlo macio e deixo um sorriso rasgar-me a cara ao sentir o gozo de ambas.
Regresso à leitura ao som de algo, não importa o quê nem quem. Só sei que aquela música me faz sentir serena e conforta, assim como as chamas da fogueira e a manta a envolver-me, e mais do que tudo, a presença de “alguém”.

Friday, March 28, 2008

Abraço

Acordo cedo.
A primeira luz do dia surge agora, mas não encontro mais o sono.
Ao meu lado, deitado na cama, ainda descansas profundamente. Encosto-me a ti para me aquecer, pois o frio da hora começa a assentar nos meus ombros. Envolvo-te com os meus braços, e dou-te um beijo demorado.

Simplicidades como esta fazem-me feliz, ao invés de tudo o resto que durante os dias nos atormenta e mói, e afinal, sem qualquer significado aparente.
Mas por vezes somos assim, quer queiramos quer não, filhos do passado, e como qualquer cria, a independência dos progenitores vai-se ganhando aos poucos, com cada dia vivido e sofrido (para o bem e para o mal).
Ontem (re)apercebi-me que a existência, mesmo sendo traçada em linha recta com um principio e um fim, é cíclica em simultâneo. E só com raras excepções consegues escapar-te ao quase certo, aquele que acontece porque tem que acontecer, e não o “certo” que acontece off the record.
Por vezes é difícil digerir as situações. E se estas se repetem e ainda não digeriste a última, o mais provável é ficares angustiado, e abandonares a realidade num deja vou redundante e sem fim.

Antes que seja tarde agarra-te a estes momentos, como um simples abraço e beijo sentido, e que tanto te deleitam.

Wednesday, March 26, 2008

Again



Se eu soubesse dizer-te onde me dói…
talvez já tivesse curada.

Tem dias maus, ou mesmo horas em que se torna quase insuportável. O que me vale são as fracções do tempo em que estou numa outra extensão e mergulho nela em desespero, à procura do foco da dor para o poder eliminar.


Antes não era assim! Não era tão pronunciado!
Eu recordo-me bem, não te lembras?


Tudo começou quando… quando na verdade eu quis que a dor aumentasse! Agora que paro e que penso, e que A sinto a aproximar percebo que ela depende apenas de mim! Da minha força ou não, da minha vontade ou não, da minha disposição ou não.


Já não é primeira vez que chego a esta conclusão.
Afinal é tão simples aliviar a mágoa!


(Mas engano-me! Amanhã ela está de volta, e tudo acontece de novo. Sei-o bem! Sempre foi assim)


Se eu soubesse dizer-te onde me dói…
talvez já tivesse curada…