Foto de Uwe NiemytO lume brando por vezes aquece demais do que queríamos, ou não! E o calor que dá não é suficiente para o evoluir da cozedura! A água tardia que juntei para acalmar tirou-lhe o gosto apurado, ou não! E prolonguei a demora que antes queria que fosse curta! E por fim, quando quis mexer para não queimar já foi tarde, ou então indiferente!
Nada melhor que servirmo-nos de quando a quando a frio, para realçar o sabor por vezes dissipado pela conjunção dos condimentos (in)apropriados, e da receita que não se ajusta ao teu jeito! Amanhã vai ser assim, a frio! Onde vou apurar cada um dos meus sentidos e deste outro que me persegue…
Vou deixar de ver para antes observar... cada gole do teu olhar!
Vou deixar de ouvir para antes escutar... cada miolo das tuas palavras!
Vou deixar de cheirar para antes inalar... cada fragmento do teu odor!
Vou deixar de tocar para antes fundir... cada parte do teu corpo!
Vou deixar de provar para antes moer… cada talhada do que tens para me oferecer!
O outro sentido vou deixar que tu o apures!
Nada melhor que servirmo-nos de quando a quando a frio, para realçar o sabor por vezes dissipado pela conjunção dos condimentos (in)apropriados, e da receita que não se ajusta ao teu jeito! Amanhã vai ser assim, a frio! Onde vou apurar cada um dos meus sentidos e deste outro que me persegue…
Vou deixar de ver para antes observar... cada gole do teu olhar!
Vou deixar de ouvir para antes escutar... cada miolo das tuas palavras!
Vou deixar de cheirar para antes inalar... cada fragmento do teu odor!
Vou deixar de tocar para antes fundir... cada parte do teu corpo!
Vou deixar de provar para antes moer… cada talhada do que tens para me oferecer!
O outro sentido vou deixar que tu o apures!
2 comments:
Cara Inês,
Curiosos os meandros desta "rede" que nos une... Directamente de uma cena de um filme estranho, encontrei o teu blog (não gosto da palavra blog... foneticamente está ali alguma coisa errada...). Passo a descrever, estava a procura no google a letra de uma musica dos Poe, em que se ouve algo do género "if you where here", para mostrar a uma amiga mexicana, que está a uns bons 6000 km para o lado errado do atlântico, quando encontro o teu "blog."
Perdoa-me a invasão, sinto sempre que ler o blog de alguém que não conheço é quase como estar a ler um diário as escondidas, ninguém me deu permissão para entrar neste teu espaço.
Escrevo-te e ainda nem li tudo, achei a situação tao curiosa que resolvi alinhar umas linhas para te entregar imediatamente.
Gosto da forma como sentes, ou melhor, da forma como escreves o que sentes, que no fundo não é mais que sentir o que se escreve... Creio que é mais complicado do que as palavras apontam. Fatalmente, as palavras são curtas, tantas vezes ínfimas, para nelas fazer caber o sentimento.
Enfim, queria pedir-te desculpa pela invasão, e agradecer-te os textos teus que li, ainda que sem o teu conhecimento.
Numa palavra, obrigado.
Gostaria de te poder mostrar um "blog" meu, talvez para retribuir a "invasão", mas talvez por inercia da minha parte (e provavelmente alguma inaptidão literária...) nunca me empenhei em criar um...
O mais próximo que tenho são algumas galerias com fotografias, que terei todo o gosto em te mostrar, caso queiras.
Cara Inês, já escrevi demais... Resumindo: Lindíssimos textos. Obrigado.
Um abraço, Tiago Albarran
(tiago.gds.albarran@gmail.com)
P.S. - Encontrei a música...
Caro Tiago,
Ainda bem que te agrada o que lês! Não precisas de pedir desculpa pela invasão que dizes que fizeste, pois um "Blog" é um sitio virtual público! E a partir do momento que tens um blog, estás sujeito a situações como esta!
Outra coisa...não precisas de agradecer! Não o voltes a fazer,ok?
"Aparece" quando quiseres!
Bjs
Inês
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